Segredo
Sabe aquela rosa que eu não ganhei?
Ela ainda perfuma o jardim por onde passei
Em cada canto de poesia me visto de sentimento
Nem sou assim tão efêmera, passageira da agonia
Sou mais um objeto inanimado que restou
Dos nem tão velhos momentos que vivi
O mesmo sol que queima minha velha pele
É o mesmo que queima teu rosto aí tão longe
A mesma lua que ilumina tua madrugada
É a mesma que me leva nas alturas quando quero
Vivemos assim repartindo pedaços de coisas
E nem notamos que vivemos sob o mesmo teto
Um segredo me faz importante demais
Não quero ser mais do que um segredo
Nunca mais...