Reflexões na Madrugada
Resta-me
No frio sono da madrugada
Dar asas
à minha voz calada.
Abrir minha alma
Para as verdades da vida
Sem temer
Aquilo que me embalava
Meus sonhos de menino.
Agora,
Que as cores do tempo
Sobre meu corpo
Repousaram suas bases
Resta-me compreender
Que apesar de certa
A morte não é o fim em si.
A ela,
Dama enegrecida
Por nossa frágil compreensão
E por nossos medos em ação.
Resta apenas
Fazer cair sobre os seres
Seu cajado renovador
E abrir espaço
Para a contínua vida em labor.