Crime Passional
O pretensioso vai e vem enciúma
um olhar que desacredita no que vê...
Outro audacioso azul acolhendo meu corpo,
Me puxando despudorado ao tapete aguado.
Os olhos azuis, secos e abobadados
piscam inúmeras vezes, fazendo as nuvens sombrearem o semblante,
numa mistura de ira e tristeza.
Agita-se em ver minha pele sendo lambida e acariciada por tantas línguas d’águas...
E o que me cobre ser retirado
e levado por ondas tão ousadas...
Se contorse a ver minha entrega,
num balé ao som dos marulhos,
num êxtase apaixonado.
Lá do alto, nos espreita
entre areias de nuvens,
Observando nossa troca de carinho...
Troveja um palavreado impróprio e ofensivo; mundana!
Irritado, reúne os nimbos escurecidos
e cobre o corpo, para que a cama
que me embala, não atenha mais
o reflexo daquele azul,
mas o cinza da tempestade...
O ciúme provoca os ventos
irritando as águas cálidas,
acabando com o namoro...
Revoltado, o mar me cuspiu na areia,
largadando-me nua e fria,
me culpando por tudo...
O vento, a mando do céu,
terminou o serviço retalhando-me
o corpo com farpas geladas...
Agonizando me pergunto:
Por que fui me envolver
com essa dupla de azuis...?
um olhar que desacredita no que vê...
Outro audacioso azul acolhendo meu corpo,
Me puxando despudorado ao tapete aguado.
Os olhos azuis, secos e abobadados
piscam inúmeras vezes, fazendo as nuvens sombrearem o semblante,
numa mistura de ira e tristeza.
Agita-se em ver minha pele sendo lambida e acariciada por tantas línguas d’águas...
E o que me cobre ser retirado
e levado por ondas tão ousadas...
Se contorse a ver minha entrega,
num balé ao som dos marulhos,
num êxtase apaixonado.
Lá do alto, nos espreita
entre areias de nuvens,
Observando nossa troca de carinho...
Troveja um palavreado impróprio e ofensivo; mundana!
Irritado, reúne os nimbos escurecidos
e cobre o corpo, para que a cama
que me embala, não atenha mais
o reflexo daquele azul,
mas o cinza da tempestade...
O ciúme provoca os ventos
irritando as águas cálidas,
acabando com o namoro...
Revoltado, o mar me cuspiu na areia,
largadando-me nua e fria,
me culpando por tudo...
O vento, a mando do céu,
terminou o serviço retalhando-me
o corpo com farpas geladas...
Agonizando me pergunto:
Por que fui me envolver
com essa dupla de azuis...?