O Ventilador

Zunido persistente

Do ventilador

Que espalha os pensamentos

E faz voar os papéis.

Preso ao teto

Como o coração á razão

Que girando desliza o vento

E afaga corpos calorentos.

Ah! Essas hélices alienadas

Sempre na mesma direção

Não poderiam ter outra utilidade?

Talvez

Nas mãos do artesão.

Mas zunido persistente

Do ventilador

Fez até nascer poesia

Em noite de solidão.

Jacqueline Campos Rojas
Enviado por Jacqueline Campos Rojas em 15/09/2012
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