Simbólico e Antigo

Quando o pássaro vermelho viajou,

Despontando pelo céu da Alvorada,

Suas penas farfalharam ensolaradas

E dourado ele assim tornou.

Quando o pássaro dourado viajou,

Despontando ao meio dia, passada

Longa e despida de gilhão, libertada,

Era branco, ele assim tornou.

Quando o pássaro branco viajou,

Despontando na tarde esguia, fechada,

Seus motivos eram sinceros. Azuladas

E verdes penas, assim tornou.

Quando o pássaro verde-azul viajou

Era noite íngreme, tão calada

E num suspiro triste ele vagava

E era negro quando regressou.

Pássaros à meia noite brilham mais

E em seus olhos, ainda que negros,

Jazem um branco sossego...

Se estendendo para o jamais.

Se for algo, é simbólico e antigo

Se for algo, é do segredo amigo.

Passam suas estações, mas permanece.

Esses deuses ou santos merecem.

Cinco pontas, água, terra, fogo, ar

Vazio, são os frutos do pomar

Os santas que adoram o pombo

Amam o mar, Elas amam amar.

Se for algo, é simbólico e antigo

Se for algo, é do segredo amigo.

Passam suas estações, mas permanece.

Esses deuses, ou santos, merecem.

Se é Pedro, É posseidon, é Netuno.

Se é Maria, é Athena, é Juno.

Mudam as eras mudam os nomes

Mas não mudam, nunca mudam os homens.

Quando o pássaro sem cor viajou,

Despontando ao espaço, escuro

Longe, do fanatismo seguro

Só assim é...

Simbólico, antigo e puro.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 15/09/2012
Reeditado em 15/09/2012
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