CONSOLO DO ALÉM

Cubro meu rosto com véu de mistério...
Caminho entre meus amores...
Em segredo sussurro amor aos ouvidos surdos
Dos filhos de meu grandioso ministério...

Sem carne, sem asas, sem rosto, sem nome...
Uma vaga assinatura da paz em fluir etéreo...

Caminho entre meus amores
Sondo-lhes todos os pensamentos
Consolo os corações que lamentam o fim da vida...
Sopro em seus ouvidos surdos meus contentamentos

Por que havia de se extinguir a chama?
Tanto havia por fazer...
Por que os bons cedo fecham os olhos?
Era esta a hora de morrer?

E na poesia medrosa, eu sussurro minha história...
Eu sou a flor erguida em campo de adoração...
Não posso deixar de existir... Para sempre hei de viver...

Por isso sussurro nos ouvidos surdos...

-Eu não vivi pouco...
Eu vivi tudo em pouco tempo...
Por isso da vida nada lamento...

Nem mesmo a morte e sua consequência...
Para quem tem fé e amor
fechar os olhos na terra
Nada mais é que uma rica experiência...




Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 08/09/2012
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