No refúgio onde descansam almas
canções mudas choram
versos de rio manso,sangue vermelho
descendo em direção ao mar de lavas
...campos de trigo dourando  em invernos...
 falsas primaveras
resgatam  flores prisioneiras...
 o silêncio grita heresias
Expelindo  labaredas surdas ...frias
 
Sonâmbulos passos para o nada...
Julgamentos insólitos do sentimento
que  balança em galhos tortos,mortos.
tiritando invisíveis braços.
 da mente louca,desconexa...
...incoerente.
 
Madrugadas castigam  noites..
acordes de açoites rasgam a solitude
rangido de dentes...espamos,soluços.
refletindo angustias...medos.
nos caminhos molhados.
insólito não ser...não crer...
bebendo gotas do imaginário.
em peneiras esburacadas.
 
...nessa (in)sanidade de viver.