Enviesado
Bebo o a delícia da vida
e desprezo a exatidão...
Eu ralo os meus pés no chão
e a alma nestas pedras...
Dificuldades não medram,
o meu seguir bem ousado...
Não quero o riso dosado...
Quero abusar deste insumo
ir além dos prós, limites
que sempre impõe a razão...
...remexo esse caldeirão
gasto o último tostão
e depois transformo em arte...
Talvez meu viver prolixo
carregado de sentidos
não me exonere da dor...
Mas me coloco ao dispor
dos dados sobre essa mesa...
Mesmo sem louros, ao viés,
me entrego ao risco, ao revés...
Depois, não sei, como todos...
Giro ao giro dessa orbe...
Não me alicia um engodo...