PASSOS  FANTASMAS



O manto negro cobre a cidade
Luzes bruxuleantes,
Brilham timidamente
Nos casarios, ao lado dos canais
Almas algemadas ao passado
Se recusam a deixar o lugar destinado.

Madrugada alta e fria
Lamentos e lágrimas deixam eco
Gondoleiros evitam passar por perto
Das águas que engoliram vidas.

Por entre os turvos canais
Habitam muitos imortais
Em passos fantasmas, 
Arrastam pesadas correntes
Feitas de tragédias e dores
Resultado de muitos desamores.


(Foto da autora- Noite em Veneza)


Lenapena
Enviado por Lenapena em 04/09/2012
Reeditado em 04/09/2012
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