Branco Infinito
Entre a parede caixa do crânio
Pequenos lunares, minúsculos,
Saliva amarga escorre no banho,
Já matinal, preso os crepúsculos.
Onde meu olhar pousa fatigado
Nas bailarinas que anunciam sós
A noite que embala o torpor mudo
Das criaturas, dançam nos músculos.
Anda triste, apavora ao esticar,
Seu dorso sobre o mundo pelos nós,
E vive dissolvendo a refinar.
Corrupto, caiu nesse buraco,
Porém, entupiu-se de si ao avesso,
Sumiu súbito em branco infinito.