Iniciação

Fábula peregrina.

Enovela laços

com margaridas curvadas

pelos ventos da memória...

E a ampulheta marca o tempo

das tantas histórias.

Histórias de dentro do peito,

de céus em degredo,

de nuvens divisórias.

Fenda de portas.

Exílios.

Resvalos pelo infinito.

E sangue que coagula

com seu próprio grito.

Também há

desenhos e cântaros

pelas curvas dos caminhos.

E dentro do coração

um rubro escaninho

guarda uma fábula noturna,

em cruzada lenta

por rios, mares,

risos, prantos,

sonhos e ventos tantos...

Iniciação

em cavalgada santa.

(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 18/02/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T386004
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