Adobe
Eis que as coisas dolorosas, jazem num canto limoso...
Oro ! para que ali permanençam em seu próprio pântano...
A quentura que toma a minha face, evapora as ácidas gotículas
Ó secura, invade as mucosas, e abandonai aquelas paragens rachadas
Pois se o pranto, ainda que de alegria, não servir de liga pro adobe
Abrirei as comportas, inundando e preenchendo as lacunas do chão
Rompendo o solo emergirá fina flor entre as intempéries,
Disputando o reino da sobrevivência, pois o que é tenaz sobrevive...
Ao tempo e as rachaduras...