Janela
Dobram as folhas das janelas
Abertas, mostram caminhos,
Mostram caras e gestos.
Um boneco de pano aparece,
Acena, fala comigo, vai embora,
Fica uma musica de fundo, que não entendo.
As folhas das janelas dobram,
Nos ventos do outono vêm damas de fumaça
Invade meu tempo, o meu espaço.
Em meu ouvido desdobram palavras amorosas,
Belas provas de sedução e as damas
Na saudade vão, nos ventos do outono.
E das janelas a estrela mais iluminada brilha,
A estrela-Dalva ilumina janela,
Ilumina a casinha na colina.
E as janelas são guias para muitos caminhos
E irei de violão nas costas, de pé no chão
Desdobrando janelas, desdobrando meu destino.
(Rod.Arcadia)