Luz Taciturna
Fulgurante grânulo permanente
Que refringe de um ponto horizontal.
Desmantelastes, tu,
Há anos milhares
Em pequenos rochedos
Para brilhar no fundo
Do meu quintal.
Desça! Do plasma-éter teu
E humaniza-te como nós,
Pois tu tão distante,
Mais parece um fragmento de Deus!
Contudo,
Fique por aí.
Submersa e junto às outras bilhares
Que iluminam nosso céu.
Haja vista que se todas
Estiverem coplanadas
Num mesmo dia,
Numa mesma alma,
Minha inconsciência
Realizar-se-ia
Ao ver todas vocês,
Todas as noites,
Noites feito dia!