Luz Taciturna

Fulgurante grânulo permanente

Que refringe de um ponto horizontal.

Desmantelastes, tu,

Há anos milhares

Em pequenos rochedos

Para brilhar no fundo

Do meu quintal.

Desça! Do plasma-éter teu

E humaniza-te como nós,

Pois tu tão distante,

Mais parece um fragmento de Deus!

Contudo,

Fique por aí.

Submersa e junto às outras bilhares

Que iluminam nosso céu.

Haja vista que se todas

Estiverem coplanadas

Num mesmo dia,

Numa mesma alma,

Minha inconsciência

Realizar-se-ia

Ao ver todas vocês,

Todas as noites,

Noites feito dia!

Agenor Do Bem
Enviado por Agenor Do Bem em 16/02/2007
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