A um quarteirão e meio do rio,
Margeavam filamentos de flores coloridas
Como mãos estendidas que dizem:
_ Vem!
Os olhos singravam fieis ao seu destino.
Nos ossos inscrições dos antigos ensinamentos.
Os ônibus corriam tortos pelas estradas de sempre,
Imitando destinos humanos.
Quando morrermos iremos para o céu?
Sim! Iremos parar no céu da boca da terra
O palato concreto que nos aguarda,
A terra prometida e esperada...
Quão onírico pode ser o grito,
Tem mãos aplainadoras,
As mesmas que acariciam o cabelo,
Que forçam o abraço,
Que tateiam o bojo, esperando mudanças.
Tentáculos removedores...
Há uma infinidade de regadores presos 
A nuvens cativas.
Não é difícil manobra-los,
Basta ziguezaguear entre as gramíneas.
O mormaço vagueia pelo corpo...
Fecha os olhos e sorri
Assim nascem os rios,
Como nas histórias que ninguém contou
Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 16/08/2012
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