CRIME SEM MORTE

A lâmina afiada penetrou violentamente

O ventre daquele pobre infeliz

Que podia ter evitado, mas não quiz

Preferiu aguardar aquela ação inconsequente

Estava dominado pelo medo, sem ação

Não sabia então o que fazer

Nem pôde levantar, tão pouco correr

Para que pudesse encontrar outra solução

O sangue jorrou, seu corpo enfraqueceu

Pôs a mão na ferida, queria viver

Mas outra investida o fez estremecer

Novo golpe profundo, a vista escureceu

O assassino fugiu, imaginou tê-lo morto

Pegou seus pertences e desapareceu

Aquilo para ele simplesmente aconteceu

A vítima agora só precisava de conforto

Com certeza um crime foi cometido

Porém não houve morte

Para o coitado foi sorte

Deus agora deve cuidar do bandido

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 10/08/2012
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