Não quero mais a palavra fria
Nem o silêncio lacrimoso...
Cheio de expectativas,
Em razão de epinefrinas e endorfinas...
Que sou obrigada a conviver
Diariamente sem esquecer.

Drágea por drágea,
Goela a baixo,
Prá me livrar das oscilações,
Intermitentes - que assolam meu ser,
Em razão da epifania recorrente,
Insólita - que corroí o cérebro,

    E o coração,
Que sob exaustão,
Se debate em labirintos.


Não quero mais a palavra fria
Que se cala bem sequiosa...
Inundando-me assombrosas,
Sob arroubos desenfreados,
Dos meus fantasmas... 
Estranhamente - Inquilinos,

Visitantes - recludentes...
Que vagueiam sorrateiros,
Nos terrenos desérticos,
E miríficos dos sentimentos
Sofrivelmente. Desoladores.

Num concerto fúnebre,
Na equação inexata,
Desequilibrada...
Do meu coexistir.

Sem chão ou ilusão,
Sem poesia ou porvir,
    No quase nada...
Do agora - que restou,
Ao executar esta partitura
De horror... E amarguras,
Dedilhadas...
Irrefutavelmente,
Só - Por Mim!







Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 07/08/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3817944
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