Não quero mais a palavra fria
Nem o silêncio lacrimoso...
Cheio de expectativas,
Em razão de epinefrinas e endorfinas...
Que sou obrigada a conviver
Diariamente sem esquecer.
Drágea por drágea,
Goela a baixo,
Prá me livrar das oscilações,
Intermitentes - que assolam meu ser,
Em razão da epifania recorrente,
Insólita - que corroí o cérebro,
E o coração,
Que sob exaustão,
Se debate em labirintos.
Não quero mais a palavra fria
Que se cala bem sequiosa...
Inundando-me assombrosas,
Sob arroubos desenfreados,
Dos meus fantasmas...
Estranhamente - Inquilinos,
Visitantes - recludentes...
Que vagueiam sorrateiros,
Nos terrenos desérticos,
E miríficos dos sentimentos
Sofrivelmente. Desoladores.
Num concerto fúnebre,
Na equação inexata,
Desequilibrada...
Do meu coexistir.
Sem chão ou ilusão,
Sem poesia ou porvir,
No quase nada...
Do agora - que restou,
Ao executar esta partitura
De horror... E amarguras,
Dedilhadas...
Irrefutavelmente,
Só - Por Mim!