A MANSÃO
Doroty desceu da carruagem sorridente
À sua frente, imponente, a velha mansão
Ali viveu muitos anos, seguiu uma tradição
Criara filhos e netos na riqueza e no luxo
A família mudara, o imóvel ficou no abandono
Desgarrada de todos sozinha se sentiu
Preferiu a solidão para onde ela seguiu
Terminando seus anos da forma que começaram
Não lembrava mais do mordomo Augusto
A quem castigava com muita crueldade
Era seu servo fiel desde a pouca idade
Que ali faleceu vítima de suas torturas
Adentrou a mansão com certa elegância
Queria tomar conta de antigos pertences seus
Havia saído dali mas não tinha dito adeus
Voltaria para a posse na ausência dos anfitriões
Não chegou nem a tirar a poeira reinante
Ouviu uma voz de assassina lhe chamando
Conheceu aquele tom, ajoelhou-se chorando
E a mansão novamente ficou no abandono
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Este poema (história) tem um desfecho e para saber leia o poema (história) AUGUSTO, aqui publicado em 18/7/22.