Desatino

Minhas elipses mentais

Tangenciam o impossível

Brincam de ser trapezistas

De se lançarem ao nada,

Só para encontrar tudo no chão.

Minhas elipses mentais

Abarcam o mundo visível e invisível.

Imaginável e subterrâneo

Entram em frestas, trincas,

Arestas, cavernas e umbrais

Penetram no sólido momento

Da solidão vulgar

Do tempo presente e

As órbitas dessas elipses

Atraem todo tipo de poesia

Poesia de amor,

De tristeza...

A melancolia métrica dos suicidas

A dose extra

de sonífero e veneno

A espoleta,

O gatilho e

Enfim, o desatino.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 06/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3816495
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.