Calabouços de epifanias não realizáveis

Desesperadamente reinava a calmaria

por infâmios instantes

logo o transtorno necessário chegaria

coaxar dos sapos e o balir dos elefantes

no fim era sempre a mesma coisa

um tanto quanto diferente

lanças transpaçando cabeças

neurônios sendo empalados

pequenos homenzinhos

sussurrando cantigas de ninar do futuro

vagalumes por todas partes

entrando pelas narinas....

as cacholas iluminadas

um vazio doentio em suas entranhas

uma sede infinita e agustiante

uma dama que passeia rebolando

em frente...um albatroz que parece cantar

beber o mel alucinante seria o plano

resigno-me a torturas mentais durante o sono

onde fico eternamente a falar

poesias afoitas, com ecos pecaminosos

e regurgitações de epifanias juvenis....

Laranja Jack
Enviado por Laranja Jack em 01/08/2012
Código do texto: T3807621
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