Calabouços de epifanias não realizáveis
Desesperadamente reinava a calmaria
por infâmios instantes
logo o transtorno necessário chegaria
coaxar dos sapos e o balir dos elefantes
no fim era sempre a mesma coisa
um tanto quanto diferente
lanças transpaçando cabeças
neurônios sendo empalados
pequenos homenzinhos
sussurrando cantigas de ninar do futuro
vagalumes por todas partes
entrando pelas narinas....
as cacholas iluminadas
um vazio doentio em suas entranhas
uma sede infinita e agustiante
uma dama que passeia rebolando
em frente...um albatroz que parece cantar
beber o mel alucinante seria o plano
resigno-me a torturas mentais durante o sono
onde fico eternamente a falar
poesias afoitas, com ecos pecaminosos
e regurgitações de epifanias juvenis....