Bailarina
...E ela era a bailarina
De finos braços
Como pescoços de cisnes
Tão leves...
Não tinha culpa, se eles sufocavam!
E ela era a borboleta
De asas finas
E esvoaçantes, de pó perolado!
Tão coloridas,
Não tinha culpa, se elas cegavam!
E ela era a flor azul,
Tão delicada,
De raro perfume...
Não tinha culpa, se o seu aroma
Envenenava!
Pois ela era a bailarina,
A borboleta,
A flor-menina
Que só vivia,
Que só dançava!