Amada Empalhada
 
Se seus lábios fossem meus,
Seria eu seu habito.
Que como tudo que se repete,
Repele.
 
Entretanto como visgo fisgo
E estará em minha rede.
A sucumbir pela falta de ar,
Que este tanto amor lhe dará.
 
E nos tantos presentes estarei presente,
Neste altar onde te empalo.
Dissecando e empalhando para  eternamente
Observar-te de minha rede.
 
E no sopro supremo da brisa da madrugada,
Seu cheiro mórbido invadirá minha sala.
Deixando-me alerta,
Para minha eterna festa,
Em possuir sem possuir quem afeta,
Meu amor.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 27/07/2012
Código do texto: T3800549
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.