Caixa de Pandora

Tudo agora parece tão conflitante

Os pensamentos encontram-se evasivos

Distantes de mim... Distantes daquela que um dia fui

Ai de mim que encontrei você nas encostas solitárias

Agora estou completamente perdida

A culpa é minha que te procurei loucamente

E para que afinal... Para nada...

Você com sua forma resplandecente e encantadora

O fascínio mais lindo que meus olhos encontraram

Era mais que claro que tanta beleza me hipnotizaria

Cada detalhe trabalhado cuidadosamente

Seus fechos bem ornamentados feitos para instigar

Sem contar suas pedrarias...

Tudo perfeito... Tudo feito para chamar a atenção

Até a chave que te acompanhava

Que dourado era aquele me ofuscava os olhos

Eu deveria ter percebido... Que ali tinha uma armadilha

Mas estava tão fora de mim

Que não dei conta do que acontecia

E você foi me conduzindo sutilmente a abri-la

Chaves em mãos... Bastava apenas girar

E ir ao teu encontro

Eu apenas queria conhecer seu interior

Mas me enganará completamente

De ti só saíram injurias e desmandos

O dourado ornamentado contido fora de ti

Difere das sombras negras que carregas dentro

Olho abismado aos acontecimentos que seguem

Pergunto-me se é proposital sua atitude...

Ou se é apenas sua natureza antes desconhecida de mim?

Vejo formas tão diferentes

Como podem estar em um mesmo lugar

Estou confusa absorta em mim mesmo

Tento entender a relevância dos fatos

Incapaz de me olhar no seu espelho, pois...

Não quero me deparar com que me tornei

A transformação enlouquecida por te buscar

Agora frustrada em alma ego e coração

Quero fecha-la e enterra-la novamente

Em um lugar onde ninguém mais possa te descobrir

Onde seus brilhos não mais ofereçam riscos

Eu que achei que conhecia de tudo nesta vida

Confesso que me surpreendi além do natural

Que apenas te olhar bastaria para te entender

Mas me enganei... Pouco sei... Ou não nada sei

Você foi à causadora das minhas duvidas

Mas não a culpo... Culpo a mim mesmo

Senão tivesse sido tão curiosa...

Você estava lá quieta lacrada intocável

Fui eu em minha excitação que fui rompê-la

Agora pago por minha ousadia

Vamos despeje suas iras insanas sobre mim

Eu as acatarei submissa...

Até que possa reunir forças e tranca-la novamente

Jogarei sua chave no mais profundo dos oceanos

Enquanto você adormecerá no coração do deserto

Agora de brilho ofuscado...

Todos te olharam e te reconheceram

Como sendo a relíquia esquecida e sem valor

A tão famosa Caixa de Pandora...

Agora nao passara de lembranças

Nos olhos daqueles que um dia a conheceram...

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 20/07/2012
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