SEM RIMA 280.- ... às mulheres ...

Não pensava, mas escreverei poemas hoje

sem rima.

Estranha, mas nada rara, cousa

estimada "avançada" por camadas

nada populares, a incutirem no Povo

essa cousa estranha nada natural...

Dizem antropólogos que a Humanidade

nasceu naturalmente pacífica.

Será certo,

mas quem iniciou as "artes da guerra"

que os militares de toda a casta dizem?

Humana gente seria, talvez, péssima

imitadora dos felinos selvagens, talvez.

Aceitemo-lo condicionadamente.

Contudo,

vinha sendo admitido que, salvas exceções,

a guerra era cousa do varão e não feminina.

Daquela pergunto-me e também a outros:

Se a mulher tinha o direito, natural,

de não ser cousa de guerra crua e nua,

por que ultimamente os estados empórios

de civilização e progresso as incitam

a fazer parte de exércitos hoje com alta

capacidade de matar ou "desnacer" humanos

terrivelmente?

Careço de respostas ou quiçá

haja uma só: "A civilização e o progresso

humanos e totalizantes apenas consistem

na acrescentada potência mortífera."

Ouso

afirmar (se for assim) que matar acarreta

civilização e progresso: mais matanças,

ótima civilização, progresso sublime.

"Mulheres, se quiserdes conduzir-vos

civilizadamente, não lanceis filhos ao mundo;

matai, matai refinadamente os já lançados

por outras ou por vós mesmas."

Deve de ser

a ordem suprema dos supremos mandatários

universais e bons crentes em todos os deuses

verdadeiros: "In nomine deorum!"