Louco

A torneira aberta,

mas não há água

para escorrer.

O ventilador ligado,

mas não há vento

pra resfriar.

O sol está brilhando,

mas não há ninguém

capaz de olhar.

A televisão ligada,

mas sem programa algum

capaz de entreter.

Toda a minha vida

fora do lugar,

uma confusão,

ninguém pra arrumar.

Não consigo tirar o

lixo pra fora de

minha mente,

feridas abertas me

causam uma dor

deprimente.

O poema pronto,

mas sem um livro

pra lhe colocar.

O poema pronto,

mas ninguém sabe porque

está lá!

Um sono tranquilo,

e acordei pra me

desesperar!

Um rosto sorrindo,

com uma solução,

uma seringa velha

que me traz em mãos...

Oh! ficando louco,

rodando em túneis

escuros de lembranças

amargas...