Passas-Vidas

Corremos em labirintos à procura de respostas
São paredes nuas e frias, blocos sem cor
Invisíveis aos olhos, mas presentes ao toque
Somos comprimidos, e só fingimos movimentos

Que faço eu neste mundo caricato?...
Onde olhos são espectros de almas fugitivas
Sorrisos são ritos de bocas retorcidas
Mãos são galhos secos que se esfarelam ao serem tocados...

Os labirintos têm saídas escondidas à meia luz
São escadas que descem pro vazio profundo e sem fim
E também sobem rumo ao desconhecido... (Paraíso?)
Perguntas voam em círculos atrás do elo...

Mascaradas, as respostas mostram saídas (insólitas)
Sair do labirinto causa medo por não conhecer o que vem
Mesmo assim seguimos, passo a passo, tateando como cegos
A vida venda os olhos pra se ver só meias verdades.

Verdade... Existe verdade no túnel que se abre?
Ou mentiras que se vestem de verdades...
Verdades que se firmam em mentiras
... Ou o labirinto é a verdade e a saída é a mentira...?

O fim do labirinto é apenas um fundo de verdade
Alcançar o fim com lucidez afastando a loucura
Transformamo-nos assim em incógnitas.
Como mentiras de nós mesmos.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 13/07/2012
Código do texto: T3775306
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