DEGRADAÇÃO

Na impureza de minhas palavras

Escrevo para ti.

Minha nobre senhora

Que de tão doce e valente

Tornou-se em meu ver

Uma mulher qualquer,

Aproveito-me de tua beleza,

Embriago-me em tua cama

Censuro tuas falhas

Torno-te grotesca

E já não posso te amar

Sem trair-me em pensamentos,

Sua inconstância é suicida

Sou grosso e transfigurado

Mas, gosto de ao seu lado

Importunar minha mente vazia

Com um possuir soberbo

De seu corpo no meu,

Sem ti minha senhora;

Sou um simples urbano comum,

Mas, contigo um selvagem popular

E profundo mágico cardecista.

Louvo-te dum amor irregular

E só possuo-te;

Pelo silencio de me encarnar em ti.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 03/07/2012
Código do texto: T3757460
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