Convite
Só o fascínio da beleza bastou-lhe;
Escancarou janelas, convidou-lhe...
E para dentro da casa, imponente,
Andou o convidado, já fremente
De desejo e de vontade sanguínea...
Sem saber, ela assinou sua própria sina!
Ofereceu a veia saltitante
Ao ávido vampiro, em noite errante...
Daquilo que ficou, após a festa,
Na poça já viscosa de seu sangue
Agoniza a borboleta, quase exangue,
Vivendo a agonia que lhe resta!