Ela e Ele
Ela, jovem e obstinada, dona de uma fúria sentimental e explosiva
Ele, um maduro senhor, sereno em não adentrar numa obsessão massiva
Impetuosa, imediata e incisiva. Rastilho de pólvora em combustão
Calmo, tranquilo e infalível, sempre disposto em não seguir contramão
Eis que em estado de ebulição, ela decidiu não mais fervilhar
Enquanto isso, mantendo a calma, ele decide o seu dom partilhar
Recebeu a rosa das mãos, daquele nobre e peculiar senhor
Que ficou despetalada, entre os dedos, da paixão, que queria ser amor
Ele, enquanto sentimento pleno, segurou-a nos seus braços e lhe disse ao ouvido
Sossega menina inquieta, se queres ser eu, há de perceber no quê sou movido
Dessa forma, termina a saga; do sentimento que transmutar queria
Que em sua forma máxima, não soube evitar o que a disparidade faria