Noite, estrelas, lua e nuvens...
A noite conspira, talvez um brinde a sedução
Em sua claridade posso ver cintilantes estrelas
Transbordando de imaginário cálice de cristal
Jorrando do firmamento ao chão.
Distantes e solitárias assim como as nuvens errantes
Intermináveis, insistentes em cobrir o brilho da lua
Percebo, sinto seus enigmáticos sorrisos cativantes
E feito cão vadio as contemplo absorto em pensamentos do quintal da minha rua.
Extasiado, sem compreender tamanha magnitude
Os adjetivos vem e vão feitos giro de carrossel
Me sinto pequeno em minha doce solitude
Ah! Essa valsa, esse infinito bailado das nuvens no céu.
Rendo-me, faço odes a elas, serenata...
Nunca saberei da solidão das estrelas
Do silêncio da noite, do outro lado da lua de prata
Contemplo, admiro, isso eu posso, tocar, jamais... me resigno ao meu olhar...posso vê-las.