SEM RIMA 191.- ...morte digna ...
Pensava caracterizar este poema
como se de tristeza tratasse,
mas prefiro dizer-lhe surrealista
porque o é raivosamente
Imaginem... Não, não imaginem,
abram simplesmente os olhos
e observem em que converteram
(se alguma vez existiu) essa cousa
que chamam "democracia".
É? Não é, mas apenas produto
constrangido da demografia
para melhor os dominantes
dominarem os dominados...
assinalados previamente
como cidadãos livres... livres!
Não é sem dúvida surrealista,
isto é, fantástico, delirante,
irreal, inacreditável e espantoso
governantes surgirem de eleições
impossíveis de revogar?
(as eleições e os governantes!)
A "democracia" começa marcada
pela lei eleitoral, que argalham eles
ao seu santo jeito.
A seguir os assim elegidos agem
como tocados pelo dedo divino
e pretendem que os "cidadãos"
deles pregoemos que nunca erram.
Contudo, se isso e mais acontece
em geral, em quase todas as "democracias",
o que hoje os "democratas" natos,
modelos de "democratas", estão a executar
nos gregos e contra a Humanidade,
apenas tem um nome: Extermínio!
Reconheçamos que afinaram os meios.
Antes e agora estão os civilizados ocidentais
a exterminar por sangue e fogo etnias
"menores".
Essa forma de extermínio
não pode ser aplicada aos gregos
e aos portugueses e aos irlandeses
e ultimamente aos espanhóis...
Sangrá-los seria indecente: derramar
sangue de europeus não parece civilizado
(Pode é ser feito em indivíduos não brancos)
Mas é lícito - as leis o mandam ou permitem -
atormentá-los, dilacerá-los, metaforicamente
feri-los...
Quer dizer, defraudá-los, extorqui-los,
depauperá-los, torná-los metafórica e não
metaforicamente fracos, debilitados...
para
melhor dominá-los por aflições até a agonia
(Fica muito por explicar com razões:
cada afirmação - acusação - tem fundamento
firme e certo, exequível a qualquer mente
que se propuser entender o que se passa
neste mundo assente em graves contradições.)