Dinheiro

Corri de mão em mão

não me dei ao luxo da paixão.

Dos cofres as gavetas, acabei indo

parar na sarjeta.

Na mão de um sortudo em noite fria

aqueci seu fígado vários dias.

E agora com esse homem, cujas as contas

o consome, limpo o seu nome.

Sujo ou amassado, lícito ou roubado

todos me querem do seu lado.

Sonho com minha substituição e

voltar as origens da minha criação e

sumir das mãos da minha nação.

Um outro virá para o ciclo da missão

e passará mais uma vez, de mão em mão.

Bezerra Neto
Enviado por Bezerra Neto em 12/06/2012
Código do texto: T3720180
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