Censura
Só de imaginar, é tentador
ter a visão que não vi.
Vê-lo despido de si,
- e de pudor. -
Ir se perdendo
na censura de pensamentos
nunca antes vividos.
É o descontrole já conhecido
isso de pecar pelo excesso,
de entregar-se a amores incertos
e vãos.
Mas também é de gosto indefinível
e de provocar arrepios
dentro dos poros da pele sensível
ao mínimo toque de mãos...
Sem se importar com danos futuros e dolorosos,
perde-se em fantasias. Sem dó.
E mal sabe que toda a luxúria desses ossos, um dia
roubará sua alegria,
virará pó.