Espera a um tipo atoa

Vou ter fazer uma espera pelo carreiro

Mostrar-te pra que serve uma cherenga

Que não é só pra desquina tento e tosa o oveiro

Que vamos ver quem se arremanga

Alo bruto pela por sorte gaviona

Que tu vai ver que o cabo e é meu

E a aquela que anda tipo redomona

E tu pra fio que é regalo teu.

Sou centauro de campo não tenho medo de refrega

E tu que de pouca estatura anda tipo atoa

Terá pouco espaço na hora que me arremanga

E não sai assim muito na boa.

Anda fazendo e acontecendo pelo carreiro

Botando estampa de novo pelo caminho.

Só por que tem a mais uns dinheiros.

Mas vou ficar no teu trilho.

Pra ver quando vai se mostrar.

Querendo assim no más eu me paro louco

Na espera silenciosa pelo teu andejar

E nem que seja nada ou pouco.

Já venceu o tempo que se faz assim de santo.

E não adianta se esconder levando canha

Nem por detrás dos campos ou pelo matos

Que já foi a hora buena pela campanha.

Que assim fico no teu costado.

Mirando assim no más teu carreiro

Que quando ver to do teu lado.

Pra no fio que tosa as crinas do oveiro

Mostrar-lhe o sentido da trilha.

E pelo sangue que corre na minha veia

Já venceu os limites da linha.

E agora o tempo pro teu lado enfeia.

E te acho assim tipo atoa pelo corredor

E a mesma flor que adorna meu jaleco

Rubra vai ser pelo teu sangrador

Que em cor te abre e assim te peço.

O caminho e teu.

Mas agora a escolha do fim

Essa pelo fio é meu.

Por tu andar tipo atoa assim.

Ginete
Enviado por Ginete em 29/05/2012
Código do texto: T3694993
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