Espera a um tipo atoa
Vou ter fazer uma espera pelo carreiro
Mostrar-te pra que serve uma cherenga
Que não é só pra desquina tento e tosa o oveiro
Que vamos ver quem se arremanga
Alo bruto pela por sorte gaviona
Que tu vai ver que o cabo e é meu
E a aquela que anda tipo redomona
E tu pra fio que é regalo teu.
Sou centauro de campo não tenho medo de refrega
E tu que de pouca estatura anda tipo atoa
Terá pouco espaço na hora que me arremanga
E não sai assim muito na boa.
Anda fazendo e acontecendo pelo carreiro
Botando estampa de novo pelo caminho.
Só por que tem a mais uns dinheiros.
Mas vou ficar no teu trilho.
Pra ver quando vai se mostrar.
Querendo assim no más eu me paro louco
Na espera silenciosa pelo teu andejar
E nem que seja nada ou pouco.
Já venceu o tempo que se faz assim de santo.
E não adianta se esconder levando canha
Nem por detrás dos campos ou pelo matos
Que já foi a hora buena pela campanha.
Que assim fico no teu costado.
Mirando assim no más teu carreiro
Que quando ver to do teu lado.
Pra no fio que tosa as crinas do oveiro
Mostrar-lhe o sentido da trilha.
E pelo sangue que corre na minha veia
Já venceu os limites da linha.
E agora o tempo pro teu lado enfeia.
E te acho assim tipo atoa pelo corredor
E a mesma flor que adorna meu jaleco
Rubra vai ser pelo teu sangrador
Que em cor te abre e assim te peço.
O caminho e teu.
Mas agora a escolha do fim
Essa pelo fio é meu.
Por tu andar tipo atoa assim.