Fantasmas...

Fantasmas presos nesse mundo...

Fantasmas cheios de escuridão e de sentimentos imundos.

Para onde vou, eu os sinto.

Presença triste, obscura.

E eu sem poder correr, nem fugir.

Minha alma a rugir de dor.

Porque nessas paredes, vejo o sangue de meu corpo sair e nelas espirrar.

E os fantasmas... os fantasmas a me torturar.

E eu queria muito sonhar, Deus como eu queria sonhar!

Mas, eu só sei chorar!

Fantasmas...

Por toda parte, eu os vejo.

E não tem lugar onde não estejam.

Eles estão até dentro de meu peito.

E eu sem poder correr, nem fugir.

Minha alma a rugir de dor.

E eu, em qualquer lugar, só sinto pavor.

Porque os fantasmas de uma infância esmagada, me perseguem dia e noite.

E eu tento correr, eu tento fugir...

Mas, meus pés não alcançam o chão.

Perdido na solidão, preso na escuridão.

Jaz aqui minha alma moribunda.

E eu tento, eu tento fugir e dos fantasmas correr.

Mas, eu não consigo: e eu não consigo, porque eu mesmo não passo de um fantasma.

Sim, eu nessa vida nada sou, além de um triste e desafortunado fantasma.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 21/05/2012
Código do texto: T3680178
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