Fantasmas...
Fantasmas presos nesse mundo...
Fantasmas cheios de escuridão e de sentimentos imundos.
Para onde vou, eu os sinto.
Presença triste, obscura.
E eu sem poder correr, nem fugir.
Minha alma a rugir de dor.
Porque nessas paredes, vejo o sangue de meu corpo sair e nelas espirrar.
E os fantasmas... os fantasmas a me torturar.
E eu queria muito sonhar, Deus como eu queria sonhar!
Mas, eu só sei chorar!
Fantasmas...
Por toda parte, eu os vejo.
E não tem lugar onde não estejam.
Eles estão até dentro de meu peito.
E eu sem poder correr, nem fugir.
Minha alma a rugir de dor.
E eu, em qualquer lugar, só sinto pavor.
Porque os fantasmas de uma infância esmagada, me perseguem dia e noite.
E eu tento correr, eu tento fugir...
Mas, meus pés não alcançam o chão.
Perdido na solidão, preso na escuridão.
Jaz aqui minha alma moribunda.
E eu tento, eu tento fugir e dos fantasmas correr.
Mas, eu não consigo: e eu não consigo, porque eu mesmo não passo de um fantasma.
Sim, eu nessa vida nada sou, além de um triste e desafortunado fantasma.