COMPUTADORES

(PALAVRAS DE OUTRAS ORIGENS)


“Não sei de nada,
Nem mesmo de ter visto,
E muito menos, de coisas anteriores
Que pudesse ter escrito ou lido,
Sem se falar que vivo e resisto
Usando os programas escritores.”

Mas esse ser que vive para ditar
Esses poemas que dizem de interiores,
Sentisse o ditado e seu poder,
E de ventríloquo, se exporia aos oradores,
Que então fariam tudo se entender, 
Findando o solilóquio dos assuntos e senhores.

Retiraria do seu nome o da conquista,
E de todos poemas desse e de outros dias
Quem assinasse se responsabilizaria,
Por fazer persistir o conquistar
À límpida ação dos computadores.
Que nunca, nada mesmo, assinariam.


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 03/02/2007
Reeditado em 05/02/2007
Código do texto: T367839
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