COMPUTADORES
(PALAVRAS DE OUTRAS ORIGENS)
“Não sei de nada,
Nem mesmo de ter visto,
E muito menos, de coisas anteriores
Que pudesse ter escrito ou lido,
Sem se falar que vivo e resisto
Usando os programas escritores.”
Mas esse ser que vive para ditar
Esses poemas que dizem de interiores,
Sentisse o ditado e seu poder,
E de ventríloquo, se exporia aos oradores,
Que então fariam tudo se entender,
Findando o solilóquio dos assuntos e senhores.
Retiraria do seu nome o da conquista,
E de todos poemas desse e de outros dias
Quem assinasse se responsabilizaria,
Por fazer persistir o conquistar
À límpida ação dos computadores.
Que nunca, nada mesmo, assinariam.