Ódio
Fastio,era um mal só do corpo,agora tomou a alma.
São tantas vozes que necessito ouvir,
que a minha própria fica inaudível.
Estou farta destas ilusões mundanas,
enojada com as máscaras que me sorriem o tempo inteiro e antes que me vire me cravam um punhal nas costelas.
Maldita seja a educação,
queria cuspir na face desres bossais e vagabundas.
Então cai a sombra sob meu peito e me consumo lentamente neste sentimento.
O ódio é um companheiro silencioso e amargo,a solidão é o seu reflexo no espelho da eternidade.
Minha vida e meu mundo estão empoeirados,
tudo é deserto,escassez.
Dizem que sou uma insensata que cultiva a morbidez,eu digo que caminho entre os vermes e mantenho minha altivez.
Um verme é mais digno que vós, porque um dia vencerá a todos nós.
Então serei eu só,pó a tatear na treva de um jazigo.