Era cedo!Por demais cedo, para ser acordado,
Meus sonhos estavam ao meio;
E o sono era por inteiro.
De um solavanco, apagou se as luzes,
Com as quais sonhava e me vi no escuro
Sendo esmurrado no peito,
A transtorno me fez acordar,
E apalpar o peito que tenho meu, no entanto o que é meu e seu?
Na hora em que a morte acena com outra hipótese?
Arquejei com a dor e temi o desastre,
Minha vida estava nas mãos do sinistro,
E a morte me sorria desconcertada,
cambaleie sem dar passo e registro
Por onde caminhava.
Quedei ao chão a maneira de arvore sem raiz;
Neste instante eterno eu legitimei na dor o tormento
Não havia palavras, eu estava confuso e infeliz
Cego! Somente o tato me emprestava alento
Mas, ora perceba, faltando as palavras,
faltava-me a ferramenta de oficio
e logo eu cultivador das muitas palavras,
Calei-me, aguardando palavras de conforto, ditas por outrem...
E as ouvi! Palavras aflitas, ditas em suaves tons;
vozes das mulheres da minha vida,
vozes em desacordo salgadas e tremulas,
por fim venceu a voz do encanto , aquela sem o pranto,
firme e sonora!
Ordens ouvi, e consenti... Que seja!
Eu vou para onde for!
Noite veloz, sem luzes e sem brilhos
Corredores timidos, vultos e sons d'outras dores,
Perguntas, inox, agulhas, solavancos e suave sono.
Acordei presuroso. Estava vivo?
Estava!
E emoldurado por olhos e sorrisos:
As flores do canteiro de minha vida,
retomam seus afazeres, de bem me fazer!
É um breve relato dos motivos de minha ausencia neste espaço, tenho um corpo que sofre com a dureza de minhas exigencias!
Saudações fraternais aos que aqui vieram e obrigado pelos comentários.