Era cedo!Por demais cedo, para ser acordado,
Meus sonhos estavam ao meio;
E o sono era por inteiro.

De um solavanco, apagou se as luzes,
Com as quais sonhava e me vi no escuro
Sendo esmurrado no  peito,
A transtorno me fez  acordar,

E apalpar o peito que tenho meu, no entanto o que é meu e seu?
Na hora em que a morte acena com outra  hipótese?

Arquejei com a dor e temi o desastre,
Minha vida estava nas mãos do sinistro,
E a morte me sorria desconcertada,
cambaleie sem dar  passo e registro 
Por onde caminhava.

Quedei ao chão a maneira de arvore sem raiz;
Neste instante eterno eu  legitimei  na dor o tormento
Não havia palavras, eu  estava confuso e infeliz
Cego!  Somente o tato me emprestava  alento

Mas, ora perceba, faltando as palavras,
faltava-me  a ferramenta de oficio
e logo eu cultivador das muitas palavras,
Calei-me, aguardando palavras de conforto, ditas por outrem...

E as ouvi! Palavras  aflitas, ditas em suaves tons;
vozes das mulheres da minha vida,
vozes em desacordo salgadas e tremulas,
por fim venceu a voz do encanto , aquela sem o pranto,
firme e sonora!

Ordens ouvi, e consenti... Que seja!
Eu vou para onde for!
Noite veloz, sem luzes e sem brilhos
Corredores timidos, vultos e sons d'outras dores,
Perguntas, inox, agulhas, solavancos e suave sono.

Acordei presuroso. Estava vivo?
Estava!
E emoldurado por olhos e sorrisos:
As flores do canteiro de minha vida,
retomam seus afazeres, de bem me fazer!






É um breve relato dos motivos de minha ausencia neste espaço, tenho um corpo que sofre com a dureza de minhas exigencias!
Saudações  fraternais aos que aqui vieram e obrigado pelos comentários. 
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 18/05/2012
Reeditado em 19/05/2012
Código do texto: T3675192
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