Regras encefálicas

Ontem, medos inexplicáveis!

Hoje, medo com a malícia!

A vida que queremos,

Pode ser aquela que vendemos...

Saímos da vida:

Sem as roupas que acobertam o fracasso.

Sem as máscaras que encriptam uma face!

Corrompo todas as noites,

Analisando silhuetas perfeitas no rosto da lua...

Ainda que a tinta deste cálice manchar as paredes de sangue,

Vou molhar seu corpo com o tinto seco

Enxugar suas lágrimas com pele escura!

Pois o mesmo brilho solar que ofusca meus olhos

Sucumbe o radiante implacável cotidiano frio.

Um cálice de vinho sangrento

Para esquecer quem nos fere por dentro...

Todo grande acontecimento humano

Esconde o recheio da loucura,

O beijo da mesma espécie,

Tatuado na alma!

Onde se respira o mesmo instinto,

Que segue o curso na natureza comum

Dos mamíferos mortais...

Uma canção recheada de nuvens,

Faz-me lembrar por acaso

Que o marasmo do tempo,

Faz-me sentir o seu beijo

Que tanto almejo...

Pois quem vive da noite,

Alimenta-se da música humana,

Enquanto caminha na areia infinita do deserto da alma,

Sofre o silêncio na beira da praia

Que a água do mar me levou...

A névoa que mascara a face cinzenta da lua,

Realça a ilusão da massa

Que no leito da tristeza

Exibe um sorriso encefálico sem graça...

O episódio fica marcado e tem sentido

Quando é gratuito...

Não preciso ler seus lábios

Para provar a malícia perniciosa

Que contamina sua mente...

O mesmo dinheiro que não traz felicidade,

Chega e faz a diferença...

E depois da vantagem,

Descobri que nunca quis tirar vantagem...

A pessoa enlouquece,

No intuído de facilitar o acontecimento!

A tempestade lá fora

Anuncia o início de dias difíceis...

Eu vejo o céu azulado roubando o mar,

Onde as ondas quebram o silêncio

Do barulho indescritível

Do seu pranto arrependido...

As melhores coisas,

Ficaram fotografadas na lembrança;

Independente da presença da pessoa

Ou objeto da trama!

Enquanto meus olhos brilham no seu sorriso,

Vem o tempo irônico

E faz tudo errado

E a ordem dos fatores altera o produto...

E quando chega ao final,

Assume o risco de continuar o caminho

Exceder o limite extremo do prazer de viver...

Pois as Regras foi você quem criou...

E as Regras foi você quem quebrou...

E o preço foi você quem pagou...

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 13/05/2012
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T3665679
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