Caminho sem volta
Por escuros caminhos
Vaguei no vício
Dos falsos ideais
De minha sina.
Tal ave pequenina
Me perdi em nevoeiro,
Feito cego tristonho,
Para encontrar
na montanha mais alta
a vizão do precipício
onde pudece voar
como um pássaro que salta
do seu primeiro sonho.
A caminho do solo
No abraço do vento
O mundo cresceu
Dentro do meu coração.
E vi, sem ver,
nos portais do tempo
A dama sem rosto
Me ofertar a mão.
Tantas vezes gritei,
respondendo que não,
nunca, jamais.
Mas a dama sorria
como a dizer:
"É tarde demais".
autor: Luciele Florentina