Caminho sem volta

Por escuros caminhos

Vaguei no vício

Dos falsos ideais

De minha sina.

Tal ave pequenina

Me perdi em nevoeiro,

Feito cego tristonho,

Para encontrar

na montanha mais alta

a vizão do precipício

onde pudece voar

como um pássaro que salta

do seu primeiro sonho.

A caminho do solo

No abraço do vento

O mundo cresceu

Dentro do meu coração.

E vi, sem ver,

nos portais do tempo

A dama sem rosto

Me ofertar a mão.

Tantas vezes gritei,

respondendo que não,

nunca, jamais.

Mas a dama sorria

como a dizer:

"É tarde demais".

autor: Luciele Florentina

Lucielle
Enviado por Lucielle em 11/05/2012
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