Menina torta
É dia e o sol invade a janela,
Sob um ranger abre-se a porta,
Vagarosamente vai ela
O seu destino pouco importa.
O sinal da cruz e uma vela
Um hábito que não se exorta,
Seu olhar perdido desvela,
Uma inocência morta.
Ao me ver, sorri amarela,
Timidamente se comporta.
E eu penso: Ah! como é bela
Quem dera não fosse torta!