SEM RIMA 80.- ... nada ...
Hoje tive uma espantosa sensação:
Pareceu-me cair num poço
que se abria noutro
e este noutro
e assim por baixo
até alcançar o fim do universo:
Lá senti, pressentia
o nada do meu nada.
"Nada sou", disse-me.
Fugi do espanto
com medo, mas com alegria:
Quem sabe? Talvez ainda continue naquele fim universal
e este poema nem tenha existência,
talvez seja mais um nada quase pessoal ou pessoal de todo...