Um ponto final
Muito lamento,
que seja caso perdido,
nenhum portento,
já decidido,
que em meses,
sem reveses,
no máximo um ano,
salvo engano,
já nada mais exista.
Eu lamento,
no momento,
caso insista,
que a eutanásia
não seja prevista,
nas leis da Malásia.
Lamento mais ainda,
agora que o dia finda,
lamento o caso,
o caso perdido
como um arraso,
tudo exaurido,
no começo do inverno,
aquele inferno,
quando nas auroras,
o escrito prescrito,
às quinze horas
mais cinco minutos,
vieram me contar,
em tons diminutos,
que a raiz quadrada
do número pi,
não é uma piada,
é incomensurável
devido ao grande número,
mesmo assim incontável
de casas decimais.
E tem mais,
não voltou
por que não quis,
ficou e pediu bis,
mas às quinze horas,
e sete minutos,
aquelas senhoras,
rendendo tributos,
a fim de esclarecer,
vieram me dizer,
de modo formal,
que vão pingar
o ponto final.