Morro abaixo
Sigo estrada acima,
o meu ser se anima,
subo o monte,
venço a colina,
no horizonte,
caminho cego,
entre a neblina,
não sossego,
nada eu nego
Tento escrever um verso,
onde todo a eternidade
possa ser retratada.
Mas não consigo nada,
um pardal canta,
seu canto me espanta,
e eu acordo,
morro abaixo,
sem forças para voltar,
sem nada para animar.