NATUREZA MORTA

Os prédios são velhos natureza morta,/

torta

Que sustentam multidões/

e de dia vivem/

Ao entardecer se escondem/

E no sábado, /

se levantam pelas ruas da cidade/

Como casa mal assombrada/

que guardou almas/

E agora cala, como? /

Não sei explicar/

Se o pintor te visse/

talvez nem sentisse/

Que por dentro existe/

O contraste de você/

Natureza Morta/

Que destrói paisagem /

Abrindo passagem por dentro do ar/

luiz machado
Enviado por luiz machado em 24/04/2012
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