NATUREZA MORTA
Os prédios são velhos natureza morta,/
torta
Que sustentam multidões/
e de dia vivem/
Ao entardecer se escondem/
E no sábado, /
se levantam pelas ruas da cidade/
Como casa mal assombrada/
que guardou almas/
E agora cala, como? /
Não sei explicar/
Se o pintor te visse/
talvez nem sentisse/
Que por dentro existe/
O contraste de você/
Natureza Morta/
Que destrói paisagem /
Abrindo passagem por dentro do ar/