Longe

Longe da fantasia, as lembranças,

lembranças tão amargas...

Luar no céu, lágrimas nos olhos!

Longe, fulge a luz,

luz do amor impossível.

Lágrimas tristes. Luto?

Lágrimas fingidas. Louco?

Lágrimas perdidas. Lembranças!

Lâminas cintilam no espaço,

lábios balbuciam cicios,

lembranças surgem na mente:

longínquo beijo de amor,

louco, louco amor que um dia existiu.

Lembranças do luar da esquina,

luz elíptica do poste,

luar mortiço e falsificado,

luzes sem nenhum fulgor.

Labirinto de paixões,

lembranças de ontem do amor,

louvação aos sentimentos bonitos.

Lembra-se? Foi um tempo bonito.

Lembra-se? Existia o nosso amor.

Lágrimas caem no guarda chuva,

lágrimas de arrependimento,

lamentos de um coração só.

Labaredas brotam do peito,

levando à euforia;

luta íntima contra a vida vazia.

Lembra-se? Foi um tempo bonito.

Lembra-se. Ainda existia o nosso amor

LuizMorais
Enviado por LuizMorais em 23/04/2012
Código do texto: T3629472
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