Longe
Longe da fantasia, as lembranças,
lembranças tão amargas...
Luar no céu, lágrimas nos olhos!
Longe, fulge a luz,
luz do amor impossível.
Lágrimas tristes. Luto?
Lágrimas fingidas. Louco?
Lágrimas perdidas. Lembranças!
Lâminas cintilam no espaço,
lábios balbuciam cicios,
lembranças surgem na mente:
longínquo beijo de amor,
louco, louco amor que um dia existiu.
Lembranças do luar da esquina,
luz elíptica do poste,
luar mortiço e falsificado,
luzes sem nenhum fulgor.
Labirinto de paixões,
lembranças de ontem do amor,
louvação aos sentimentos bonitos.
Lembra-se? Foi um tempo bonito.
Lembra-se? Existia o nosso amor.
Lágrimas caem no guarda chuva,
lágrimas de arrependimento,
lamentos de um coração só.
Labaredas brotam do peito,
levando à euforia;
luta íntima contra a vida vazia.
Lembra-se? Foi um tempo bonito.
Lembra-se. Ainda existia o nosso amor