ESPAÇOS INSÓLITOS
Inobstante a toda reminiscência de meu futuro
O presente de todo passado ainda nesse instante
Evoco todos os teus espaços insólitos e imaginários
Através dos contrastes de tuas imagens concretas
E sinto a força pictórica de tua ascensão sobre mim
Sendo tua luminosidade minha destinatária silenciosa
Construo em ti meu inconcebível universo paralelo
Onde o demiurgo é o todo de nossas individualidades
Mas sei de tua hegemonia ante minha insensatez
Então na alcova de tuas errâncias acampo meu ser
Em uma relação orgânica em plena sincronocidade
Contemplo ao redor as esculturas de ventanias
De tuas críveis paragens na memória cristalizada
Formatada pelo amálgama de teus mananciais
Onde o desfasamento recria nosso mundo em si
Pelo agnosticismo desse imprudente uni (verso)
Fugimos da doblez dos que vivem de subterfúgios
Instilados que são em vazias intertextualidades
Sei não haver em ti deletérias mendacidades
E deliciam-me tuas tenras e suaves intemporalidades
Onde não há em ti o passado o presente e futuro
Pois nessa dimensão apenas o pensamente viceja
E é onde meu mundo em ti deita profundas raízes
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