O REI MORREU ou se embebedou...

Submundo dos espíritos

Carnal demais

Registrando estes reais...

Hospedando os vermes da decomposição...

Quem poderia medir tanta miséria?

Como olhar do alto para desfazer tal asco?

Como livrar-se do coice de duro casco?

Pisco em pasmo... Aflição!

Nãoooooooooooooooooooooo!

Quem dera uma nave espacial...

Voar entre as estrelas...

Não ver, não sentir, não morrer de dor...

Sem horror ao limite que me irrita

Desaguar no universo e bem dispersa

Desfazer-me em tudo...

Grito mudo...

Olhar semi-morto...

Absorvendo o infinito...

Alargando os pulmões...

Fujo dos senões senão me asfixio...

Mergulho em mar de delícias.

Colho os frutos sazonados do Éden imaginário...

Cenários que fornecem meus deleites.

Sem deuses mágicos

Sem seres trágicos

Sem serventia para o cambio vigente?

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Meu pé dormente me acordou do dolo...

Consolo?

Rica iguaria que não encontro todo dia...

Encharco-me em aguardente...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/04/2012
Código do texto: T3619760