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Formam prismas

Caindo... l e n t a s...

Escorregadias limas

Desafiando a face

[Descarnando o disfarce

Sorridente do dia...]

Desbastam arestas,

Enrugam testas

[Tão incompreendidas]

Seguem com o rio

Se desmancham

No fértil leito

Partem do peito

Espalhando o frio

Que arde dentro de mim...

Turvas, sendo tão cristalinas...

Estas pequeninas meninas

Mimadas, tristonhas, ávidas...

Essas prismáticas lágrimas

Querem falar mais de uma dor...

Porque me sei autista

E a maior artista

Sendo Senhora d'um meu-mundo

Este que guardo no fundo

D'um triste coração...

Porque não há razão,

Mas letal sensibilidade.

E já não há criação,

Mas vivência e fatal verdade!

E assim é porque quero

É o que já espero:

Escorrer POR minhas mãos

Ao brotar de meus olhos...

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