Ferida sagrada

Ferida sagrada

Sobe um espectro no espaço sem zelo.

Reza dentro dos meus pesadelos com

uma ferida sobre natural, eu me enrolo

num deleite astral.

Lambi-te no passado e ainda almejo e

evaporo.

Minha guerra de ilusões nesse mundo

eu ignoro.

Um funeral de corpos que se deitam e

depois se levantam.

Uma desgraça sem graça que vem do

diabo que agiganta.

Com minha vida morta com meu quase

destino, é certo com minha fé ida eu me

mato morto duas vezes no deserto.

O mal e cruel trucida numa moagem

que tem amor e cheiro de um manto

sagrado com certa sacanagem.

O diabo fica com o caldo e diz por que

veio no meu peito e no teu seio.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).